Te faria uma seresta
Ao véu penumbre da lua
Te daria minha rua
Até meu sertão em festa
Te olharia pela fresta
De um grão, verso de Xudu
Te daria um pajeú
E um moxotó por inteiro
E o tanto mais verdadeiro
Do poço que ainda me resta
Beberia tuas dores
Jorraria em teu sorriso
Convenceria Narciso
A se encantar com as flores
Bordaria o céu de cores
Pra enfeitar os teus dias
Num vergel de alegrias
E um eito farto de frutos
Onde o mais bruto dos brutos
Se entregaria aos amores
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